Queridos alunos e amigos que compartilham este Blog conosco, aproveitem o final de ano que é um momento de interiorização e reflitam sobre os textos a seguir:
Definindo as emoções e os sentimentos
“O bem maior do homem é a realização do seu poder pensante, quando ele consegue dominar as suas emoções, sentimentos e desejos; a partir daí, todos eles perdem o sentido”
A alegria é um sentimento. É espontânea e na maioria das vezes não depende de um motivo ou causa; ela simplesmente acontece e transborda do corpo. Não depende da expressão verbal; ela é calma e contagiante.
A euforia é emoção. Ela atropela, é inadequada, sempre verbalizada, incomoda e é pouco diplomática. Normalmente, após a euforia seguem quadros de frustração, depressão, e apatia.
O amor é um sentimento. O amor anima, une e liberta.
A paixão é emoção. Junto com ela vem de brinde o ciúme, a dor, a insegurança e a possessividade.
O medo é um sentimento. Os medos são muitos e até servem como autoproteção, autopreservação ou alerta. Mas ele também é um portal para o amor. O mestre indiano Osho afirmou: onde não existe amor, só existe o medo, e nada mais. Coragem (coração + ação) é agir apesar do medo.
O pânico é emoção. O medo constante, sem motivo aparente ou real, que paralisa ( o coração) e revela falta de lucidez e confiança, fé e amor.
A tristeza é um sentimento. Inevitável em algumas situações da vida, ela pode ser vivenciada juntamente com a paz, porque leva à compreensão de que tudo é passageiro e transitório, como também é aprendizado.
A depressão é emoção. Revela dificuldades com a afetividade, necessidade de isolamento e sedação, dificultando a perspectiva do todo, o estado de alerta e meditação.
A raiva é um sentimento. É da natureza humana expressar o sentimento de raiva, até como um posicionamento, um discernimento. Mas esse sentimento deve ser rápido e passageiro, deve durar o tempo de aprender como transformá-lo em atitudes realizadoras e oportunidades para o exercício da paciência, da tolerância e da compreensão.
O ódio é emoção. A raiva que se transforma em mágoa, rancor ou ódio leva à autodestruição, à irracionalidade.
Entendendo a importância da respiração para sua prática de yoga e dia a dia.
Respirando e tornando-se consciente
A respiração é a forma mais poderosa à nossa disposição para nutrir e fortalecer a transformação das emoções em sentimentos positivos e afetividade. As filosofias orientais dominam esse conhecimento e fazem uso dele há milênios. Bons exemplos são os exercícios de alongamento, equilíbrio e respiração do yoga e a entoação dos mantras. Por meio da respiração, é possível entrar rapidamente em contato com os “sentires da mente” e observá-los por uma ótica mais clara e oxigenada e, dessa maneira, administrá-los; discernir, fazer escolhas e tomar decisões com mais facilidade, eliminar os gases ácidos na expiração, para alcalinizar mente e corpo; alterar a frequência das ondas cerebrais e desacelerar a mente, para senti-la de outra maneira, mas desacelerada e pacífica.
Se a respiração for leve e tranquila – resultado natural da respiração consciente -, a mente e o corpo irão lentamente se tornando leves, tranquilos e lúcidos. E do mesmo modo os sentimentos.
Na cura dos sentimentos desagradáveis é necessário ter cuidado, amor e não violência. Não acredite em transformações sem medo e sem amor. Quando os sentimentos desagradáveis são observados de forma consciente, eles podem ser muito esclarecedores e proporcionar revelações e mais compreensão a respeito de nós mesmos e da nossa sociedade.
O sentimento verdadeiro é a compreensão, é o perdão, é aquele que dá uma sensação de paz.
Em vez da ação que busca desfazer de partes de nós mesmos, devemos aprender a arte da transformação. Podemos transformar nossa raiva, por exemplo, em algo salutar, como a compreensão. E, dessa mesma maneira, é possível tratar a ansiedade (medo do futuro) ou a depressão (desesperança).
As emoções partem das ilusões, das expectativas, da distorção da realidade, das imagens da mente inadequada (e a elas retornam). Por isso, ficam comprometidos o discernimento e a capacidade de julgamento. Fica faltando a luz do poder pensante, da evolução espiritual. Se aprendermos a transformar nossas emoções em sentimentos neutros, eles nos farão crescer, nos expandir para a conquista da paz.
(Extraído do livro Mente e Cérebro Poderosos de Conceição Trucom)
Desejamos a todos um Natal com muita luz e um Ano Novo de respirações profundas.
Shanti, Shanti, Shanti !