Nada é mais simples do que meditar

A meditação é uma prática que sempre esteve envolvida por uma infinidade de mitos, muitas são as dúvidas que constantemente nos afligem sobre a meditação, muitos são os questionamentos: O que é, e como faço para meditar? Meditar é esvaziar a mente? Será que estou no caminho correto? Qual técnica é a melhor para mim? Qual é a melhor técnica? Vejo muitas (mas muitas mesmo!) pessoas que não se arriscam a sentar-se para meditar porque acham que “meditar” é algo de outro mundo, por que não conseguem se concentrar, não conseguem ficar paradas ou em silencio por muito tempo ou porque ainda acham que meditar é somente para os monges.

Pois meditar é algo tão simples, mas de tão simples a fazemos complexa. Para começar, não praticamos meditação, pois a meditação é um estado natural de ser, é um estado de percepção ampliada, de plena presença, é o caminho que nos conduz a contemplação de nossa luz interior. O que praticamos são técnicas que irão gradativamente nos conduzir a acessar esse estado, que irão treinar a nossa mente para que ela se torne uma mente presente, clara, lúcida e acima de tudo contemplativa. Mas independente de definições, utilizarei o termo “meditar” ou “meditação”para me referir a prática que consolidamos em nosso dia a dia.

A prática de meditação pode ser definida em prática formal ou informal. A prática formal é aquele momento que disponibilizamos diariamente para nos dedicar a alguma técnica, são aqueles minutos ou hora que você se senta para silenciar, observar a sua respiração e desenvolver a sua prática.  É importante que você tenha clareza sobre o trabalho que esta desenvolvendo, que você sinta familiaridade e prazer em se sentar. Tomar a iniciativa ou se colocar em intenção de “sentar-se” para uma prática é um passo muito grande e importante, pois sentir essa necessidade já mostra uma pré-disposição interna e isso é o que você precisa para iniciar. Vejo essa prática formal como um momento onde podemos mostrar a nossa mente a preciosidade que é estar em silencio, mesmo que dentro de nós os “fluxos ininterruptos” de pensamentos pareçam não querer cessar.

 A partir do momento que nos colocamos a disposição da prática, tudo começa a fluir. Gradativamente vamos nos sentindo cada vez mais atraídos a vivenciar essa experiência, inicialmente a mente rejeita, mas com o tempo ela começa a pedir, a ansiar por esse aquietamento. 

Vejo muitas teorias, muitos livros que se direcionam a “nos ensinar a meditar”, mas meditar só aprendemos meditando, praticando, utilizando esse sofisticado laboratório que é nosso corpo e mente para viver a nossa própria experiência, desenvolver a nossa própria prática de acordo com aquilo o que tem sentido para nós, de acordo com o que a nossa maturidade emocional e espiritual possa assimilar. Essa prática formal nos conduzirá a informalidade de estar presente, consciente de nós mesmos, de nossos limites e limitações, nos levando gradativamente a despertar a sensibilidade de perceber a Unidade que tudo sustenta. Namastê!!

 Texto escrito por Tatiane Mosca, meditadora e profa de Yoga em Indaiatuba/SP.

 

by Tati

show hide 1 comment

Tati25 de abril de 2011 - 2:15

Que cada um de nós possa ser um ponto de luz e inspiração para os que chegam até nós! Namastê!!

Your email is never published or shared. Required fields are marked *

*

*

There was an error submitting your comment. Please try again.